O Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), registrou alta de 1,86% no valor do aluguel em janeiro. O resultado é mais que o dobro da inflação medida pelo IPCA no mesmo período, 0,54%; e ligeiramente superior ao IGP-M, 1,82%.
O número apurado no primeiro mês do ano representa uma aceleração na comparação com a taxa anual verificada em dezembro passado, de -0,61%. Agora, o índice acumula variação de 1,23% em 12 meses.
Entre dezembro e janeiro, a taxa de variação mensal do IVAR acelerou em todas as cidades componentes do índice.
Considerando a tendência da variação acumulada em 12 meses, todas as cidades componentes do IVAR também apresentaram aceleração: São Paulo (de -1,83% para 0,40%), Rio de Janeiro (de 0,46% para 1,85%), Belo Horizonte (de 1,46% para 3,69%) e Porto Alegre (de -0,35% para 0,84%).
Lançando em janeiro deste ano, o IVAR calcula a evolução mensal do valor do aluguel residencial no Brasil. Hoje a base de dados do índice conta com mais de 10 mil contratos de quatro capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.
Fim do IGP-M?
Após o lançamento do novo indicador, criou-se a expectativa de que ele seja gradativamente utilizado como indexador de reajuste dos aluguéis, colocando um fim nas discussões entre proprietários e inquilinos por conta da elevação do IGP-M.
A principal vantagem do Ivar em relação ao IGP-M, ou outros indicadores usados no reajuste de aluguéis, como o IPCA, é que ele foi desenvolvido justamente para medir a evolução mensal dos valores de aluguéis. Já o IGP-M foi criado para ser um deflator implícito do PIB, isto é, para medir preços ao consumidor, no atacado e no varejo, como de materiais de construção, por exemplo.
*Fonte: Money Times