No início de 2020, o mercado imobiliário vivia um cenário que tinha tudo para marcar o início de uma era promissora.
A época refletia a retomada do crescimento econômico, queda nas taxas de juros e inflação sob controle, com efeitos diretamente positivos sobre a construção civil.
No entanto, com a chegada e expansão do coronavírus pelo Brasil, muitos setores da economia tiveram suas atividades paralisadas. Alguns, inclusive, até hoje não se recuperaram totalmente dos prejuízos econômicos causados pela pandemia, como é o caso do turismo, por exemplo.
Na contramão dessas limitações, o mercado imobiliário tem se mostrado um dos poucos que está otimistas para o próximo ano.
Nesse sentido, os sinais de recuperação já são percebidos desde o final do segundo trimestre do ano passado. De acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), 2020 registrou um crescimento de 57,5% nos valores financiados em comparação com o ano anterior.
Já os dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) revelaram um aumento de 27,1% das vendas de imóveis no primeiro trimestre de 2021 quando comparados ao mesmo período de 2020.
Entre os motivos que justificam esse aumento está o próprio caráter da pandemia. O isolamento social estabelecido para conter a propagação do vírus fez com que as pessoas fossem obrigadas a passar mais tempo em casa.
Inseridos nessa nova realidade, onde muitos passaram a trabalhar e estudar à distância, houve um aumento significativo por imóveis maiores, com espaço para acomodar as necessidades pessoais de cada um.
A Selic em baixa também contribuiu para estimular a concessão de crédito, visto que os juros do financiamento ficaram mais atrativos.
Sendo assim, a aquisição de imóveis continua tendo uma forte demanda por parte da população, de modo que o próximo ano promete um desempenho melhor do que o verificado em 2021.
Isto apesar da Selic em trajetória de alta e os altos custos do material de construção na atualidade. Dizem os especialistas, apesar destes dois pontos negativos, o mercado imobiliário seguirá forte até, pelo menos 2025.
Quais são as expectativas do mercado imobiliário para 2022?
A obrigação de permanecer mais tempo em casa durante os meses de distanciamento fez com que as pessoas sentissem uma necessidade maior de espaço.
Nesse contexto, a expectativa é de que as maiores demandas por imóveis sejam no sentido de buscar locais maiores, que ofereçam a possibilidade de investir em uma infraestrutura que atenda às necessidades de toda a família.
Além disso, especialistas acreditam que haverá uma procura maior por imóveis que ofereçam também uma boa área de lazer.
Essa é uma comodidade procurada principalmente por aqueles que buscam áreas privativas, espaços abertos e jardins, já que proporcionam mais áreas livres para quem precisa ficar em seu próprio lar.
Outro ponto que merece destaque é a digitalização e desburocratização de processos. Se antes a pessoa precisava se deslocar até uma imobiliária para começar o relacionamento de locação, com a pandemia esse conceito ganhou nova roupagem.
O distanciamento social permitiu que o público encontrasse o imóvel dos seus sonhos de outra maneira: online e completamente desburocratizado.
Então, o que antes exigia muitas visitas ao local, idas a cartórios e autorizações de fiadores, hoje pode ser resolvido sem precisar sair de casa.
Nesse sentido, a tendência é que se amplie a disponibilidade de mais opções de imóveis em sites próprios, tornando ainda mais relevante a necessidade de manter um portfólio digitalizado e de fácil acesso.
A assinatura de contratos digitais, que despontou na pandemia, também deve continuar a ser usada nas transações.
Dessa forma, é possível concluir que a digitalização do mercado imobiliário é um caminho sem volta. Ao fazer uso da tecnologia, várias etapas do segmento se desenvolveram, sobretudo nos processos finais de compra e venda, como na assinatura dos contratos imobiliários virtuais.
*Fonte: euqueroinvestir.com